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Diario de uma emigrante

Um blog, de auto-ajuda, criado para partilhar a minha experiencia de vida e o meu dia-a-dia. Contado na primeira pessoa, enquanto emigrante, na Republica da Irlanda, desde 2005.



Domingo, 22.09.13

Um Strudel de maca!

Aqui há dias, a senhora que vem ca a casa ajudar-me nas limpezas, trouxe-me uma saca, cheia de macas.

''Estavam no chão, caídas da arvore, e lembrei-me dos meninos.''- disse-me ela.

Aquelas macas, não foram apanhadas das arvores. Elas estavam caídas, no chão.

Por alguma razao, elas chamaram a atencao da senhora, que por sua vez, se lembrou de mim e dos meus meninos.

Eu recebi-as com todo o carinho e humildade.

Com o meu amor, pelo que, naturalmente, e belo e bom, criei, assim, belas sobremesas.

Algumas mais fáceis e praticas, bem ao meu estilo.

Outras mais elaboradas e com ajuda de receitas e pesquisas.

Comemos macas ao natural.

Comemos macas cozidas.

Comemos crumble de maca.

Comemos Strudel de maca.

Podia ter feito muito mais sobremesas variadas.

Mas a verdade e que adoramos Strudel de maca.

E fi-lo variadíssimas vezes, na actifry.

As vezes, coloco açúcar, as vezes, sultanas ou passas, as vezes, creme custard, as vezes, canela...

Adoro faze-lo.

Para mim e fácil, pratico, simples e delicioso.

Faco-o sempre com muito, muito amor.

Hoje ao falar com uma amiga, dei-me conta deste meu pequeno gesto.

Desejei que as pessoas fossem menos complicadas e se deixassem ajudar.

Senti que são tantas, mas tantas vezes, como aquelas macas, que caíram da arvore.

As pessoas caem nos obstáculos da vida.

Que ficam no chao, ate alguem se lembrar delas e as apanhar.

Muitas vezes, a queda e tão grande, que não se tem forca, para sair do chão.

E torna-se mais facil ficar la, estendidas.

A sentir pena de nos próprias.

E tão difícil de arranjar forma de sair do chão....

Muitas vezes, temos uma mãe, um marido, uma esposa, um irmão, uma irmã, uma amiga ou amigo, um desconhecido, que se da ao trabalho de perder tempo (que e cada vez mais valioso!) e se baixar, só para nos ir buscar...ao chão.

Porque acreditam em nos.

Tal como a senhora, que perdeu o seu tempo e se baixou para apanhar aquelas macas... do chão.

De alguma forma, achou que eu ia fazer algo de bom e util com aquelas macas.

Como ela própria me confessou, o marido não as apanha. Prefere comprar.

Mas eu realmente fiz!!!

Alem de outras coisas, fiz vários Strudel de maca. 

As pessoas podiam ser assim, como as macas...

Quem quisesse perder tempo e se desse ao trabalho de ir apanhar, alguém lá no chão, deveria ser capaz de a trazer para cima, facilmente.

E so preciso tempo e amor.

Tempo para as limpar da sujidade acumulada no chão.

Amor para as tornar num belo Strudel de maca.

Junta-se algo de novo a maca e voila...

Não e assim tão difícil.

Se as pessoas fossem tão fáceis de lidar como as macas...

Complicamos tanto, quando percebo agora, que deveremos ser tão mais simples.

Podíamo-nos, apenas, deixar levar e sermos ajudadas...seria tão mais fácil.

Para todos e todas vocês que se sentem no chão:

Já que, de alguma forma, chamaram a atenção de alguém...

Suficientemente, para essa pessoa perder tempo, convosco...

Porque achou que vocês merecem...

Ao menos, podiam deixarem-se levar...

Para lhe possibilitar fazer coisas convosco...tão belas, como um Strudel de maca.

Beijinhos aos que estão no chão, e aos que estendem a mão...

De Mim.

 

 

 

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por Diario de uma emigrante às 14:26


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