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Um blog, de auto-ajuda, criado para partilhar a minha experiencia de vida e o meu dia-a-dia. Contado na primeira pessoa, enquanto emigrante, na Republica da Irlanda, desde 2005.
-''Peeedro Henrrrrriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiquesssssssssssssssss''
Mas tambem, podia muito bem, ter sido Joaoooooo Peeeeeeeeeeeeeeeeeeeeedrooooooooooooooooooooo.
E ''A Gaiola Dourada'' continuava igualmente a retratar, de uma forma excelente, uma familia de emigrantes, portugueses, na Franca.
E na Irlanda, tambem.
Infelizmente, o assunto esta novamente na ordem do dia.
A nova fornada de emigrantes portugueses.
Desta vez, ja nao sao, exclusivamente, as familias da classe baixa, sem muitos estudos, que estao a emigrar. Desta vez, essa classe baixa, que passou uma vida de trabalho duro, em Portugal, reuniu esforcos e deu estudos aos filhos, para evitarem o desemprego e o trabalho arduo. Para evitarem a emigracao.
Investiram nos filhos. Investiram na educacao deles.
Desta vez, nesta nova onda de emigrantes, esses filhos tambem estao a ir para fora.
Afinal, e o nosso PM, que os mandou emigrar. Ca para mim, ele devia dar-lhes o exemplo, e ir tambem. Mas isto sou so eu. E melhor eu estar caladinha, ou ainda me vem ca prender. Ou sera que so se eu o mandasse trabalhar e que me vinham ca buscar? Tenho de pensar bem nisso. No final de contas e a mesma coisa. Emigrar e sinonimo de trabalhar muito. Bem que ele podia emigrar....
Mas, tal como no filme, o nosso PM, pertence certamente, a mesma geracao retratada. A geracao do ''olha para o que eu digo e nao olhes para o que eu faco''.
Se ele fizesse para dar o exemplo, ai sim, todos iriam perceber. Mas, e realmente, uma pena, que so emigram depois de sairem de la.....
Portugal e os portugueses ainda nao perceberam que nos fazemos o que vemos e ouvimos eles fazerem, e entenda-se eles... como os politicos??
Voltando ao filme...
Gostei, ri e chorei.
Levanta na verdade, a meu ver, algumas questoes interessantes.
Como e o caso da submissao de uma classe baixa, trabalhadora, portuguesa. Que vai permitindo tudo de todos, sem saber dizer um nao, na altura certa.
Agora, vejo que, e essa classe que fica, em Portugal, e a que da mais jeito a classe politica. Ja que nao sabem dizer nao e vao-se submetendo a tudo.
Levanta a questao da vergonha dos filhos em relacao os pais.
Filhos que cedo percebem que alguma coisa nao esta correcta. Em que a vergonha que sentem dos pais, a meu ver, se deve ao facto da tal submissao. Pais que agem de forma a que as familias economicamente mais favorecidas tenham o dom da razao e da verdade. Em que nao lutam pela igualdade de direitos, que tantas vezes ouvem nas escolas falar.
As coisas podem tornam-se confusas, quando nos ensinam algo e nos mostram o contrario.
Ca em casa o filme levantou ainda uma outra questao. Para alguns dos meus amigos, nao e novidade, as conversas sobre o nosso tao desejado regresso.
A verdade, como ja repararam, os seguidores deste blog, e que nao e facil, pensar no regresso.
Uma coisa, e a vontade de ir; outra o querer.
Temos vontade que sobra, de ir embora.
Se queremos? Claro, mas, tal como no filme, com a nossa casa, paga.
E mesmo assim, vamos?
A verdade e que a resposta e esta questao, nao sabemos.
Ha falta de emprego. O que nos faz retrair imenso.
Mas sabemos, como, tambem, retrata o filme, que a possibilidade de os filhos, depois, nao quererem ir e grande. Muito grande. Principalmente o J.P.!
Ja tem 14 anos, daqui a 3/4 anos entra, na universidade. Comecando a namorar, podera ser um problema.
Evidentemente, que pensamos nisto tudo.
Nao fossemos nos, tambem, emigrantes.
Por isso, sim gostei do filme.
Do filme do momento.
So acho e que lhe podiam ter chamado de gaiola azul....era mais giro, eu ca gosto mais da cor. ihihihhh
Beijinhos de Mim.
PS. Gaiola...da uma ilusao, a quem esta do lado de dentro de ser livre...
Uma falsa liberdade. E eu pergunto ate onde os portugueses serao livres....
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