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Um blog, de auto-ajuda, criado para partilhar a minha experiencia de vida e o meu dia-a-dia. Contado na primeira pessoa, enquanto emigrante, na Republica da Irlanda, desde 2005.
Contratamos uma babysitter.
Chama-se Paula. Ate no nome tivemos sorte.
Primeiro porque e um nome que nao da para errar, quer chamemos, com pronuncia portuguesa ou inglesa. ihihihih
Depois porque e um nome facil para o T. chamar, devido aos seus problemas da fala.
Mas como o meu irmao e Paulo, ele ja estava habituado ao nome.
A menina tem 15 anos e e irma de uma coleguinha (mais nova) do J.P.
Foi uma feliz coincidencia (ou nao!) visto ter sido, uma senhora irlandesa, muito simpatica, que ma indicou.
Deu-me o numero da mae. E liguei-lhe a pedir para falar com ambas pessoalmente, ca em casa.
Quando chegaram, a Sra. reconheceu, de imediato, o J.P., da escola da filha mais nova. E fez logo questao de mencionar que sabia quem era o meu marido. Uma vez que se lembrava de ele ir levar e buscar o J.P., na escola primaria.
Demonstrou um alivio, que para ser sincera ate me surprendeu. Talvez, porque saber que nao estava com completos estranhos a deixou mais tranquila. Presumo.
Comecei por lhe explicar, que ela nao teria que tomar conta do J.P. Mas que ele seria a ponte que ela precisaria para entender e falar com os bebes.
Ao J.P. expliquei-lhe que ela seria a ajuda que ele precisaria para tomar conta dos irmaos. Isto na presenca da mae e filha. Tudo em Ingles.
Foi a forma, a meu ver genial, que encontrei de colocar a ''questao'' chamada J.P.
Ja sabia que ela tinha experiencia em tomar conta de 4 meninas.
Expliquei-lhe que seria por 2 horas ( das 19 as 21 horas) todas as Sextas- feiras. Perguntei-lhe quanto me cobraria.
Tudo acertado.
Mas havia um pequeno problema, que foi o iniciar da conversa entre mim, a mae e a Paula.
As mentalidades.
O facto do J.P. ter 14 anos e a Paula 15.
Nao queria que existisse um conflito cultural e eu fazia de questao de esclarecer esta situacao.
Tenho uma primita de 15 anos, tambem.
Este ano, nao fui a aldeia e sabia que nao iria. Por isso, pedi que deixassem vir a menina, passar uma semana, ao Porto.
Nao a deixaram.
Todos os anos estao juntos, nas ferias grandes.
Alegadamente, tinham medo que alguma coisa pudesse acontecer entre os dois. Claro que situacoes destas acontecem, e nao vamos negar esse facto. Mas tambem podem acontecer com outros meninos (no caso dela) e com outras meninas (no caso dele).
Tendo eu assistido a este tipo de mentalidade, nao queria mal entendidos, com a Mae da menina!
Perguntei-lhe entao o que achava de estarem os dois, SOZINHOS, na mesma casa, por 2 horas, todas as semanas.
Esta Mae, direcionou o seu olhar, para a filha e perguntou-lhe:
-''O que dizes Paula? Sentes-te confortavel, com a situacao?''
-''Eu sinto!''
-''Pronto, Carla. Aqui tem a minha resposta.''
Aprendi mais naquele minuto, do que talvez muitos dos meus familiares e amigos nunca cheguem a aprender.
Aquela mae, confiava no julgamento e nas atitudes da filha!!!
Eu tinha acabado de ter uma enorme garantia de que os meus 3 filhos iriam estar bem entregues.
Como era a primeira vez, ficamos os primeiros 20 minutos.
Em seguida, foram os 4 brincar para o jardim.
Avisamos os dois: J.P. e Paula.
Saimos.
Tinhamos avisado que iamos so a praia, ao pe de casa. Sao uns 3/4 minutos de carro. Se fosse necessario, voltariamos, num abrir e fechar de olhos.
As 20:00 horas ligamos para ver como estavam... todos.
-''Carla, NAO houve choros!''- fez questao de me dizer a Paula.
As 21:00 chegamos.
Tinha sido maravilhosa, aquela hora e meia!
Eu e o maridao passeamos e namoramos na praia. Sentamo-nos na areia. Conversamos sobre tudo. Ficamos tambem, em silencio e abracados, a olhar para o mar. Foi relaxante. Foi OPTIMO!!!
Quando chegamos, estavam ja os bebes a janela, a nossa espera. Desceram do sofa e correram para a porta. Receberam aquele xi- coracao, como so a mae e o pai sabem dar.
Depois, foi a vez do J.P. e da Paula dizerem como correu tudo bem.
Foram novamente os 4 para o jardim.
A mae da Paula veio busca-la, tal como ja a tinha vindo trazer.
Fez questao, que assim fosse!
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